A coleta de resíduos provê uma fonte de renda para muitas pessoas. A OIT estima que entre 15 e 20 milhões de pessoas em todo o mundo ganhem a vida reclicando. Nos países em desenvolvimento, cerca de 1% da força de trabalho urbana está engajada na reciclagem: na coleta, recuperação, classificação, limpeza, prensagem e compactação de lixo e na transformação de lixo em novos produtos.
Modelos bem-sucedidos de gestão inclusiva de resíduos existem atualmente em diversos países, incluindo a Argentina, o Brasil e a Índia. Modelos inovadores de compostagem também têm sido desenvolvidos pelas organizações de catadores de materiais recicláveis. Infelizmente, apesar de a reciclagem reduzir as emissões de poluentes em 25 vezes mais do que as usinas de carvão produtoras de energia, os catadores de materiais recicláveis estão perdendo espaço devido à privatização da gestão de resíduos sólidos e ao uso de sistemas de eliminação de resíduos, tais como incineradores e tecnologias de produção de energia a partir dos resíduos. Os esforços dos catadores de materiais recicláveis para expandir e formalizar suas atividades devem ser apoiadas. Isto resultará em mais recuperação de recursos, mais trabalho produtivo, melhores condições de trabalho e redução nas emissões de gases de efeito estufa.
As seguintes publicações e estudos em andamento fornecem insights a respeito de e recomendações de planejamento e de políticas públicas visando à inclusão dos catadores de materiais recicláveis nos sistemas municipais de gestão de resíduos sólidos – uma abordagem ambiental e socialmente vantajosa.